terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Ano Novo


Desejo um ano de 2009 mais calmo do que foi o de 2008. Sinto que assim não irá acontecer; sinto que toda a luta desenvolvida durante este ano não irá ter grande resultado. Quem não teve problemas em enfrentar o Presidente da República, não terá (como não teve até agora) problemas em continuar a impedir a mudança. Julgo que nos devemos preocupar fazer do novo ano um tempo de alterar definitivamente a imagem menos positiva que há dos professores.

Colocando as lutas de lado, um ano novo cheio de pequenas vitórias e de grandes alegrias para todos.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Reunião Sindicatos com Ministério

SINDICATO DOS PROFESSORES DA REGIÃO CENTRO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO

inform@ção SPRC

Sobre a reunião de hoje, no ME:

A LUTA DOS PROFESSORES NÃO É MOEDA DE TROCA,

PORQUE A SUA DIGNIDADE TAMBÉM NÃO!


O Ministério da Educação pretendeu hoje que, por um prato de lentilhas, a FENPROF deixasse de estar ao lado dos professores na sua luta pela suspensão do actual modelo de avaliação e, eventualmente, pudesse mesmo anular a greve prevista para dia 19 de Janeiro.

Nesse sentido, o ME apresentou duas propostas no âmbito do regime de concursos para colocação de professores:

1. Que as classificações de Excelente e Muito Bom deixassem de ser factor a considerar na graduação profissional dos docentes;

2. Que fosse criado um mecanismo de mobilidade que permitisse aos professores titulares concorrerem para uma das vagas que, no primeiro concurso realizado, ficaram por preencher.

Sobre estas propostas, a FENPROF concordou com a primeira, lamentando, apenas, que o ME a não tivesse considerado durante a fase de negociação, tal como havia sido proposto por esta Federação. Já em relação à segunda, a FENPROF não se pronunciou, cabendo ao ME decidir o que fazer. Isto porque a posição da FENPROF nunca poderia ser a de contribuir para a consolidação da divisão dos professores em categorias, mas, pelo contrário, eliminá-las.

De qualquer forma, a FENPROF reafirmou o seu profundo desacordo com o impedimento a que estão sujeitos os professores que foram providos na categoria de “titular”, quer de concorrer livremente a qualquer escola, quer de poderem beneficiar dos mecanismos de mobilidade existentes para efeitos de aproximação à residência ou protecção na doença do próprio ou de familiar dependente (destacamento por condições específicas). Estas sim, seriam propostas relevantes.

A FENPROF fez saber junto do Ministério da Educação que a luta dos professores não depende de pequenos ajustes num ou noutro diploma legal! Ela realizar-se-á se for necessária e será suspensa se, da parte do ME, a postura face ao actual Estatuto da Carreira Docente se alterar significativamente. A oportunidade do Ministério da Educação dar um verdadeiro sinal de abertura e respeito pelos professores está para muito breve, bastando que no processo negocial que se iniciará em 5 de Janeiro, de revisão do ECD, aceite, como exigem os professores e propõem os Sindicatos, eliminar a divisão da carreira e substituir o actual modelo de avaliação, incluindo o regime de quotas.

Segundo palavras do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, é difícil gerir um processo negocial num clima de “ameaças”, referindo-se à luta dos professores. Não parece, pois ao longo dos três anos já passados da Legislatura, em todos os processos negociais, incluindo o da dita simplificação da avaliação de desempenho, o ME impôs sempre as suas soluções, rejeitando liminarmente as propostas de fundo que os Sindicatos lhe apresentaram. Portanto, o incómodo deverá advir, apenas, do facto de os professores e as suas organizações sindicais não aceitarem reverentemente as imposições que são feitas aos professores e educadores.

A FENPROF reafirma, e disse-o nesta reunião, o seu total apoio às escolas que mantêm ou decidirão pela suspensão, este ano, do modelo de avaliação do ME, bem como aos professores que recusem entregar os seus objectivos individuais. Bater-se-á, ainda, em sede negocial de revisão do ECD, para que sejam alcançadas as justas e legítimas reivindicações dos professores razão principal da Greve prevista para o dia 19 de Janeiro de 2009 (dia em que se completam 2 anos sobre a publicação do gravíssimo “ECD do ME”).

Nota final: A FENPROF protestou junto do SEAE pelas suas declarações sobre a autenticidade das assinaturas que constam do maior abaixo-assinado de sempre entregue ao ME, em que os docentes exigem a suspensão da avaliação e uma revisão positiva do ECD. Desafiou o ME a confirmar junto das escolas essa autenticidade. Sobre esse assunto, o Secretário de Estado não se pronunciou.

O Secretariado Nacional

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Natal


Aproveitem esta pausa para recuperar a força necessária às lutas que se aproximam. Continuo a pensar que o caminho agora só pode se o o do ME, mas de qualquer forma há que continuar.


Desejo um Feliz Natal a todos e um retorno cheio de felicidade, já que o muito trabalho está garantido.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Burocracia na escola

Já não falta muito

E agora?

De: PLATAFORMA SINDICAL DOS PROFESSORES

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

SEM ASSUMIR COMPROMISSOS, M.E. ADMITE REVER ASPECTOS DO E.C.D., MAS SOBRE AVALIAÇÃO MANTÉM-SE INFLEXÍVEL


Na reunião realizada hoje, 15 de Dezembro, entre o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical dos Professores releva, em primeiro lugar, o facto de a tutela não pretender voltar ao tema da avaliação de desempenho e ao seu “simplex” para este ano, por considerar assunto arrumado.

Todavia, para a Plataforma Sindical, esse é assunto que está muito longe de se encontrar arrumado e o modelo imposto pelo ME deverá continuar a ser combatido pelos professores e pelas escolas. A Plataforma Sindical dos Professores denuncia o facto de, em algumas escolas, estar a ser exigido aos professores que preencham formulários ou apresentem requerimentos para que se lhes aplique um regime de avaliação que não está em vigor. Finalmente, a Plataforma alerta os docentes para a ilegalidade destes procedimentos e lembra que:

- O decreto regulamentar ainda não foi aprovado pelo Governo;
- Após aprovação, carece de promulgação pelo Senhor Presidente da República;
- De seguida, é necessário que seja publicado em Diário da República;
- Aguarda-se, também, a votação, na Assembleia da República, das Propostas de Lei que visam suspender, este ano, a avaliação de desempenho e substituir o modelo do ME por uma solução transitória;
- Havendo matéria, poderão, ainda, ser interpostas acções nos Tribunais que suspendam a aplicação do novo quadro legal.

Mas, é evidente, a grande luta contra a aplicação do modelo de avaliação é a que, nas escolas, tem levado os professores e educadores a suspenderem a sua aplicação, luta que deverá manter-se e crescer, continuando a contar com o inequívoco e total apoio das organizações sindicais.


PLATAFORMA SINDICAL PRETENDE REVER O ECD, MAS COM OBJECTIVOS BEM DEFINIDOS

Como aspecto central da reunião de hoje esteve a proposta sindical de revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD). Para os professores e para os seus Sindicatos o objectivo não é o de rever por rever, mas o de rever com objectivos bem determinados: substituir o modelo de avaliação e abolir o regime de quotas; alterar a estrutura da carreira docente e, nesse âmbito, acabar com a divisão em categorias hierarquizadas; aprovar medidas que contribuam para a melhoria das condições de exercício da profissão e para a estabilidade dos docentes, designadamente acabando com a prova de ingresso e intervindo em aspectos como os horários de trabalho, os conteúdos das componentes lectiva e não lectiva ou os requisitos para a aposentação.

Já o ME, aceitando que se estabeleça o leque de matérias a negociar, recusa assumir compromissos de partida que apontem para os objectivos a atingir em sede negocial, comprometendo-se, apenas, a ouvir os Sindicatos e apreciar as suas propostas.

Os Sindicatos recordaram que, em todos os processos negociais anteriores (horários de trabalho, ECD e suas regulamentações, concursos ou, mais recentemente, o regime de avaliação a aplicar este ano), o resultado final foi sempre favorável ao ME, que impôs as suas soluções, e contrário aos professores que viram agravados todos os quadros legais anteriores, mesmo os que já eram extremamente negativos. Essa atitude anti-negocial do ME abalou profundamente o clima de confiança que deveria existir por parte dos docentes e dos seus sindicatos.

Os Sindicatos de Professores, em reunião que deverá realizar-se na primeira semana de Janeiro para que se estabeleça um calendário negocial, apresentarão a sua proposta sobre as matérias a rever. Neste novo quadro há uma certeza: a possibilidade de se obterem resultados positivos neste processo de revisão do ECD dependerá, sobretudo, da luta dos professores que não pode abrandar. Assim, torna-se necessário que:

1.º Nas escolas, os professores mantenham suspenso o modelo de avaliação do ME, o que constituirá um importante contributo para a sua indispensável substituição;

2.º No dia 22 de Dezembro, pelas 15 horas, se entregue no Ministério da Educação o maior abaixo-assinado de sempre exigindo a suspensão, este ano, da avaliação do ME e reiterando os objectivos negociais para a revisão do ECD;

3.º O dia 13 de Janeiro se transforme um grande dia de envolvimento dos docentes portugueses, na Jornada Nacional de Reflexão e Luta, em torno da avaliação de desempenho, da revisão do ECD e, também, discutindo as formas de dar continuidade à sua luta pela dignificação e valorização da profissão docente;

4.º No dia 19 de Janeiro os professores e educadores portugueses voltem a fazer uma Greve com a dimensão da realizada em 3 de Dezembro. Essa Greve será determinante para o rumo das negociações com o ME.

A Plataforma Sindical dos Professores, unida em torno dos objectivos fixados pela Manifestação Nacional de 8 de Novembro, que juntou mais de 120.000 docentes, e reafirmados na Greve de 3 de Dezembro, que contou com uma adesão de 94%, apela aos Professores e Educadores para que se mantenham atentos, unidos, coesos e determinados. Esta é uma luta difícil e que se antevê longa, mas cujo prosseguimento é inevitável. Para os docentes, em causa está a exigência de estabilidade profissional e de condições que contribuam para a qualidade do seu desempenho.

Para os professores e os seus sindicatos, para toda a comunidade educativa e para o país, o importante é que se encontrem soluções negociadas que devolvam às escolas a tranquilidade e serenidade necessárias ao seu normal funcionamento. Todos já compreenderam isso, só o Ministério da Educação e o Governo parecem continuar alheios a esse desiderato, a crer, pelo menos, na teimosia com que pretendem continuar a aplicar o seu modelo de avaliação de desempenho.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Resultado Final

Como eu tinha antecipado, tanto barulho, tanta luta, tanta contestação, mas bastou uma pequena pausa para que tudo fosse esquecido. Já pouco se ouve falar de "professores". A culpa é nossa, pois entregamos o nosso futuro e as nossas contestações aos Sindicatos.

Resultado final: toca a apresentar objectivos rapidamente e a preparar para a avaliação.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Estou contigo colega!!!

Ex.mos Srs.

Sou professora há vinte e oito anos. Durante todos estes anos não tive o prazer de receber uma única carta (a Internet é uma invenção recente) nem um e-mail dos vossos serviços, excepto quando fui convidada pelo então ministro David Justino para participar nos Encontros de Caparide, sobre os novos programas de Português. Este convite deveu-se ao facto da minha escola ter estado durante cinco anos consecutivos nos cinco primeiros lugares dos Rankings dos Exames Nacionais do Ensino Secundário e de eu ser uma das professoras responsáveis pelos resultados. De repente, recebo duas comunicações endereçadas por noreply a convidar-me a colocar os meus objectivos on-line (provavelmente para me poupar trabalho e para evitar ter que os discutir com a minha avaliadora, conforme a lei obriga) e ainda três esclarecimentos enviados pelos vossos serviços. Assim gostaria de esclarecer que:
1º Não sou loura nem burra;
2º Sei ler e interpretar a legislação, que mal seria se o não fizesse sendo professora de Português, mas, admitindo que o não fosse, tenho amigos e familiares advogados e juízes sempre prontos a esclarecer-me;
3º Desde o concurso para professores titulares, considero que os vossos serviços não merecem a honra de me contactarem nem de receberem uma resposta minha;
4º Durante vinte e oito anos de serviço dediquei a minha vida à escola, e expensas da minha própria família (prescindi mesmo da licença de amamentação do meu filho para orientar estágio, a pedido do Conselho Directivo, por não haver ninguém disponível e para não perdermos o núcleo de estágio);
5º Na escola onde lecciono, a Secundária de Barcelos, dos professores no 9º escalão, só eu e uma colega do mesmo Departamento ocupámos um tão grande número de cargos. Estive durante três mandatos no Conselho Executivo, fui Directora de Turma, orientei o estágio da Universidade Católica de Braga, orientei estágio na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Docente de Apoio Pedagógico), fui Coordenadora dos Directores de Turma, fui Coordenadora de Departamento e de Secção. Dos cargos existentes na escola só não fui Directora da Biblioteca nem doutras instalações, nem pertenci à Assembleia de Escola;
6º Quase todos estes cargos foram exercidos antes de 2000, ficando, por isso, fora dos sete anos escolhidos para a candidatura a Professor Titular (Portugal deve ser o único país em que Curriculum Vitae não significa toda a vida mas apenas sete anos. A propósito, fui confirmar e no meu processo há registo de todos os meus cargos, de todas as minhas faltas, horários de todos os meus anos lectivos ao contrário do que a Sra. Ministra afirmou quando justificou que o concurso só dizia respeito aos últimos sete anos por falta de registos anteriores;
7º Quase me esqueci de mencionar (pois para o Ministério parece ser o menos importante) que fui professora, tenho anos lectivos sem uma única falta, os meus alunos continuam a ser excelentes nos Exames Nacionais, fiz, para me actualizar todas as acções do Projecto Falar sendo, por isso, Professora Acompanhante dos novos programas de Português;
8º Consegui no concurso para Professora Titular 124 pontos mas não tive vaga, pelo que não passo duma mera professora, que nas palavras da Sra. Ministra não pertence ao leque dos professores excelentes que os pais devem ambicionar para os seus filhos. Na minha escola, num outro Departamento, uma colega é Titular com oitenta e poucos pontos, o mesmo acontecendo noutras escolas;
9º Como aparte devo referir que muitos dos meus antigos alunos desejam que eu seja a professora dos filhos, sabe-se lá porquê!
10º Neste momento, de acordo com a lista graduada da minha escola, descobri que estou no limbo (apesar do papa o ter extinguido) pois apenas tenho o meu índice remuneratório, não pertencendo a nenhum escalão;
Assim, e em jeito de conclusão, agradecia que parassem de me enviar e-mails. Para o caso de não lerem este, vou assinalar no meu o vosso endereço como spam evitando assim enervar-me sempre que vejo o vosso contacto.
Sem mais
Ana Maria Bonifácio

sábado, 13 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Desistir Nunca... A LUTA CONTINUA!




Apelo


Este texto foi-me enviado por uma colega. Merece ser lido com atenção.


"Caros colegas, amigos e candidatos a professores:


A bem da Nação e do Povo!


Convém não ficarmos deitados à sombra da bananeira nesta aparente acalmia das hostes, porque o Ministério da Educação está a atacar em todas as frentes pela calada da noite e minando como a toupeira o terreno inseguro das escolas. Pois já há gente a esmorecer e pode ser perigoso! E no aproveitamento desta situação algo vaga e indefinida, é impressionante o caciquismo dos soldados rasos e dos sargentos de meia tigela que em busca de um lugar ou de uma cadeirinha na tribuna do poder socrático, intimidam, amedrontam, ameaçam veladamente pelo telefone e com mensagens constantes para as direcções das escolas que a avaliação está aprovada e é para cumprir – já receberam os despachos? - são de execução imediata e devem desmentir informações que dêem como suspenso o processo na escola que dirigem". É necessário apresentar cronogramas, calendários, objectivos, etc…"até ao final do ano civil e o adiamento das coisas só vos trará complicações" – ipsis verbis, meus amigos! É isto, o que eles (generais, sargentos, soldados, toda a comandita e a escumalha dos lambe-botas da DGRHE, da DREN, da EAE …) querem! – agradar à generala-mor e ao coronel ditador !

É preciso estar alerta e não deixar morrer a luta, porque para estes operários da maçonaria do Governo (lobos maus com peles de cordeirinhos) não há descanso, nem feriados, nem dias santos, nem Natal, nem Menino Jesus! Só há meninos maus - os professores … e estes precisam do respectivo castigo: penas sansionatórias, medidas correctivas e demais prejuízos que lhe possam ser adicionados com a avaliação.

Por isso, é preciso arrumar de vez com os três mosqueteiros (a generala, o seco e o boche)… Já estamos fartos deles, da sua arrogância, da sua insanidade mental e da sua prepotência bacoca; urge retirá-los do poleiro e mandá-los para a reforma antecipada (que nem reforma deviam ter direito, com tanta burrice imposta), como foram muitos colegas nossos!

Apelo e sugestão para as próximas greves e outros momentos solenes – Vamos fazer como os nossos deputados da Assembleia da república das bananas: vimos à escola, assinamos e vamos embora – pronto, o dia está ganho!!!"

Os mitos da avaliação

É preciso ter lata! Vejam só os 10 "mitos" que o ME faz o favor de desmistificar no site do próprio ministério, publicado hoje (ou melhor, pela hora... ontem)!!!
"10 mitos sobre a avaliação de desempenho docente
10 de Dez de 2008
Para prosseguir o esforço de esclarecimento e contrariar algumas ideias erradas relativas ao processo de avaliação de desempenho docente, o Ministério da Educação refuta 10 das noções erradas mais frequentes que surgem quando se discute este tema.
Mito 1 - É um processo muito pesado e burocrático.
Não. Os professores avaliados, cerca de 70% do total de professores, apenas intervêm no processo na definição dos seus objectivos individuais e na auto-avaliação. A definição dos objectivos, que inicia o processo de avaliação, segue as orientações de cada escola e é um processo semelhante ao adoptado em todas as organizações. É em função destes objectivos que cada avaliado preenche, no fim do ciclo avaliativo, a ficha de auto-avaliação. Os professores avaliadores têm um volume de trabalho maior, motivo pelo qual lhes foram atribuídas condições especiais de horário.
Mito 2 - A avaliação impede os professores de darem aulas.
Não, uma vez que os professores avaliados têm intervenções pontuais no processo, e os horários dos professores avaliadores já integram, regra geral, as horas necessárias ao exercício das actividades de avaliação. Além disso, eventuais necessidades adicionais de redução de horário, na sequência das recentes medidas de simplificação da aplicação do modelo de avaliação, poderão ser ultrapassadas por recurso ao pagamento de horas extraordinárias, de forma a evitar que os professores abandonem as suas turmas.
Mito 3 - O modelo de avaliação de desempenho docente não é exequível.
O modelo de avaliação está a ser aplicado em muitas escolas e milhares de professores já desenvolveram, no corrente ano lectivo, actividades associadas à concretização da avaliação. No entanto, face a dificuldades identificadas por escolas e professores, foram tomadas medidas que visam a melhoria das condições de concretização da avaliação.
Mito 4 - Os professores têm que organizar um portefólio exaustivo e complexo.
Não. A escola apenas deverá requerer que o professor reúna elementos decorrentes do exercício da sua profissão que não constem dos registos e dos sistemas de informação da escola e que sejam relevantes para a avaliação do seu desempenho. Aliás, no modelo de avaliação anterior, todos os professores já tinham de organizar um portefólio para poderem ser avaliados, constituindo este (juntamente com o relatório crítico de auto-avaliação) o único instrumento de avaliação.
Mito 5 - As escolas têm que registar o desempenho dos avaliados em instrumentos complexos.
Os instrumentos de registo de informação e indicadores de medida são definidos e elaborados nas escolas, no quadro da sua autonomia, devendo estes ser simples e claros. Nos casos em que tenham sido definidos procedimentos e instrumentos demasiado complexos, as direcções executivas das escolas devem garantir a sua simplificação, estando o Ministério da Educação a apoiar este trabalho junto de todas as escolas.
Mito 6 - Os professores avaliam-se uns aos outros.
A avaliação de desempenho docente é feita no interior da cada escola, sendo avaliadores os membros do órgão executivo e os professores coordenadores de departamento, que exercem funções de chefias intermédias. Não se trata, pois, de pares que se avaliam uns aos outros, mas de professores mais experientes, investidos de um estatuto específico, que lhes foi conferido pelo exercício de um poder hierárquico ou pela nomeação na categoria de professor titular.
Mito 7 - Os professores titulares não são competentes para avaliar.
Acederam à categoria de professor titular, numa primeira fase, aqueles que cumpriam critérios de experiência profissional, formação e habilitações considerados fundamentais para o exercício de funções de maior complexidade, como sejam a coordenação do trabalho, o apoio e orientação dos restantes docentes e a avaliação de desempenho. Assim, não é compreensível nem sustentável a ideia de que os cerca de 35 000 professores titulares que existem actualmente, seleccionados, por concurso, de entre os professores mais experientes, não tenham as competências necessárias ao exercício da função de avaliador.
Mito 8 - Avaliados e avaliadores competem pelas mesmas quotas.
Não. As percentagens definidas para a atribuição das menções qualitativas de Excelente e Muito Bom, em cada escola, são aplicadas separadamente aos diferentes grupos de docentes. Está assim, assegurada a atribuição separada de quotas a avaliadores e avaliados.
Mito 9 - A estruturação na carreira impede os professores de progredir.
Não. Todos aqueles que obtiverem a classificação de Bom (para a qual não existem quotas) podem progredir na carreira. Para além disso, é importante referir que, neste primeiro ciclo avaliativo, os efeitos de eventuais classificações negativas ficam condicionados ao resultado de uma avaliação a realizar no ciclo avaliativo seguinte. Ou seja, uma classificação negativa só terá consequências na carreira se for confirmada na avaliação seguinte.
Mito 10 - A avaliação de desempenho é injusta e prejudica os professores.
Este modelo não prejudica os professores, assegurando as condições para a progressão normal na carreira, incluindo o acesso à categoria de professor titular, para quem atinja a classificação de Bom, para a qual não existem quotas. Neste período transitório existe uma protecção adicional para os professores, que decorre da não aplicação de efeitos das classificações negativas. É, assim, mais vantajoso que o sistema em vigor para a administração pública.
Para mais informações, consultar a secção de imprensa e o dossier Avaliação do Desempenho Docente."
Eu só queria perguntar se não houve erro na palavra "mito". Será que não queriam dizer "minto"? Quase de certeza que sim.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Entrevista da Ministra


Entrevista da Ministra

O que se segue é uma entrevista da Ministra da Educação dada à SIC no dia 18 de Junho.

- Pergunto-lhe, Sra. Ministra, se o Ministério anda a fazer exames mais fáceis ou se os alunos andam a estudar muito?

- Sabe, eu não me consigo pronunciar dessa forma tão superficial. Como também considero superficial dizer que o exame de hoje ou de ontem foi a sério e que as provas de aferição não são a sério. Sabe que é muito desmobilizador para os professores e para as escolas dizer que aquilo que é um trabalho em que eles investem, só porque ele tem resultados positivos não é a sério.

- Tenho muita pena mas, neste contexto, tenho que me socorrer de autoridades como o Professor Nuno Crato que diz que há exames de preparação que são ridiculamente simples - e a expressão é dele -; tenho que me socorrer da Associação Nacional de Pais que vai ao encontro também desta expressão; tenho que me socorrer de um alerta lançado pelo Professor Paulo Heytor Pinto, da Associação Nacional de Professores de Português que diz que os professores só estão a ensinar para os exames...

- Bom! Cada um socorre-se do que quer, cada um faz as suas escolhas...

- Estou a socorrer-me de fontes credíveis!

- Com certeza, são as fontes credíveis para si. Para mim, fonte credível é o Ministério da Educação e o instituto que promove a realização dos exames e que o faz com todo o rigor e com todas as exigências. É muito fácil...

- Não são fáceis demais...?

- Eu não me consigo pronunciar, sabe? O Sr. consegue pronunciar-se, essas pessoas também. Eu não consigo pronunciar-me. Sabe porquê?

- Eu não me lembro de os meus exames serem fáceis demais...

- Sabe porquê?

- ... E acredito que quem a está a ouvir e a ver em casa também não tenha essa ideia.

- Não... Eu gostava que me desse a oportunidade de responder. Já me fez três ou quatro perguntas e não me deu oportunidade de responder a nenhuma. Mas gostava de ter a oportunidade de responder, com toda a tranquilidade, dizer-lhe o seguinte. O nível de complexidade de uma prova não se avalia assim pela opinião, pela sua opinião, a opinião dessas pessoas ou a minha. O nível de complexidade...

- Por muito boas que essas pessoas sejam, no domínio das suas competências...

- Se me permitir falar eu volto à SIC com toda a boa vontade. Mas se o Sr me interromper, não me deixar falar, não é possível esta entrevista.

- Faça o favor.

- Bom! Que é que eu gostava de lhe dizer? Que o nível de complexidade de uma prova tem técnicas para ser avaliada. Não é a sua opinião, a opinião dessas pessoas ou a minha. O que conta, um dos principais indicadores que se usa, usam-se técnicas estatísticas para avaliar o nível de complexidade e uma das medidas mais simples é a curva de distribuição dos resultados. E quando apenas 5% dos alunos conseguem completar a totalidade de uma prova com êxito, isso diz tudo - ou diz alguma coisa - sobre a complexidade de uma prova. Foi o que aconteceu com todas estas que estão a ser feitas. As provas são calibradas e ajustadas ao nível de exigência daquilo que é o programa. Não é o nível de exigência que o Sr. tem na cabeça ou que algum desses peritos tem na cabeça. É o nível de exigência do programa e isso é que é feito. Com todo o rigor e com toda a exigência.

- Então a Sra Ministra considera que estes especialistas estão a exigir demais?

- Deixe-me acabar. Se não me deixa acabar, eu não consigo. O que eu considero é que…

- Permita-me lembrar-lhe, Sra. Ministra isto não é um monólogo...

- Deixe-me acabar.

- ...E por isso eu pergunto-lhe, Sra. Ministra, se na sua opinião estes especialistas estão a exigir demais?

- Deixe-me acabar. O Sr. já me fez essa pergunta e ainda não me deixou acabar a minha resposta. Primeiro...

- Porque ainda não me respondeu.

- Primeiro ponto, o nível de complexidade de uma prova tem técnicas, não é uma questão de opinião, é uma questão de validação técnica, com recurso a técnicas estatísticas também. E essas pessoas, com a precipitação com que se pronunciaram, de certeza absoluta que não tiveram o rigor e exigência que pretendem para os outros. Depois...

- Eu diria que o Professor Nuno Crato é um reputadíssimo dominador do assunto.
- Depois, eu gostava de lhe dizer que há uns quantos pessimistas de serviço neste país. Muito pessimista.

- É o caso destas pessoas?

- O que acontece é o país tem que estar sempre mal, e os alunos têm que ser sempre maus. Quando os resultados são por si maus e revelam fragilidades nos conhecimentos e nas competências, aí está a prova que o país está mal.

- Os pais também estão pessimistas, Sra. Ministra?

- Quando melhora, como o país não pode melhorar, são as provas que estão erradas. Mas isso faz parte...

- Inclui os pais nesse pessimismo, Sra. Ministra?

- Não incluo nada, estou-lhe a responder a si.

- É que eu tenho aqui uma situação da Confederação Nacional das Associações de Pais a dizer assim, o seu Presidente a dizer assim: Está tudo bem com os alunos até chegarem ao primeiro ano da faculdade e ser o descalabro, porque não têm competências nem aprenderam a estudar sozinhos. São os pais que dizem.

- Com certeza. Mas sabe, eu não me pronuncio, eu tenho obrigação de ser exigente. Eu não me pronuncio sobre opiniões. Eu pronuncio-me sobre testes técnicos que são feitos às provas, sobre documentação que é necessário exigir quando se faz uma prova de aferição. O Sr. terá oportunidade, se quiser, de convidar o director do GAVE e ele explica-lhe o que é preciso, do ponto de vista técnico, para fazer uma técn... hum... uma prova e para avaliar o nível da sua complexidade. E portanto, isto não é uma questão de opinião. E devíamos ser mais cautelosos e mais respeitadores do trabalho que os professores e as escolas fazem. Porque essas pessoas, não as vi pronunciarem-se sobre: Plano Nacional de Leitura e mais horas de trabalho na área da leitura em todas as escolas; Plano de Acção da Matemática e mais horas de trabalho para a Matemática em todas as escolas; orientações claras sobre o tempo de trabalho tanto na Matemática como na Leitura em todas as escolas; formação contínua para milhares de professores, do 1º e do 2º ciclo, em Português e Matemática. Eu gostava que o Sr. e essas suas fontes, se pronunciassem sobre factos concretos: sobre as horas de trabalho, que escolas e professores tiveram, neste ano para melhorar...

- Neste caso, Sra. Ministra, as pessoas pronunciam-se sobre aquilo que pode ser corrigido.

- Não são fontes fidedignas, são opiniões.
Gostava ainda de dizer-lhe uma coisa. O facto de muitos jovens acerca do teste: que se sentem confortáveis, aliviados por terem passado um momento em relação ao qual…

- Não é só isso, eles disseram que é fácil.

- O facto de eles dizerem que é fácil não significa que a prova seja fácil. Como lhe disse, a simplicidade ou a complexidade de uma prova tem técnicas específicas...



Fim

Haja paciência pra ler isto …
quanto tempo perdido… não têm papelada pra preencher para os Conselhos de Turma, relatórios, pautas, grelhas da avaliação, cronogramas, exames nacionais para corrigir…?

Nova fase

Amanhã vamos entrar numa nova fase. Com a reunião (mais uma) entre os Sindicatos e o Ministério da Educação, temos esperança de que algo se altere; isto porque os pressupostos se alteraram:
- o Ministério quer negociar;
- os Sindicatos querem negociar;
- o Ministério tem abertura para mudar;
- os Sindicatos têm abertura para mudar;
- o Ministério não impõe condições;
- os Sindicatos não impõem condições;
- o Ministério parte dizendo que só não desiste de aplicar este modelo de avaliação;
- os Sindicatos partem dizendo que a condição é suspender este modelo de avaliação.
Com este cenário, espera-se a mudança de dia, de hora, de minuto e de segundo, mas não de necessidade de continuar a luta contra o modelo de avaliação.
Já tinha dito que nada iria mudar, mas esta paragem de dias com a suspensão dos protestos só possibilitou ao Ministério respirar um pouco mais e desviar a atenção do país para outros assuntos, como as faltas dos deputados no Parlamento.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Plenário Geral de Professores

2º PLENÁRIO GERAL DE PROFESSORES E EDUCADORES DO DISTRITO DE BRAGA
5ª, 11 Dezembro 2008,21h15 - Em local a designar em Braga (1)
Colegas, o plenário anterior revelou-se fundamental, tanto na participação e mobilização dos colegas do distrito, bem como nos sinais claros que deu para a continuação da defesa da escola pública. Nomeadamente, na marcação de uma greve mais intensa e a decorrer no primeiro período, antecipando a de 19 de Janeiro, inicialmente programada pela Plataforma Sindical, e também pela necessidade das Escolas em Luta se encontrarem a nível nacional.
Passado este mês, revelou-se que a constância, a fortaleza e a união da luta dos professores fez ceder e recuar o ministério, quando este tentou encontrar alguns rebuçados que nos fizessem parar. No entanto, a ministra e o aparelho governamental não entenderam que o que está em jogo é, ou o projecto economicista do governo para o ensino, ou o melhoramento da escola pública defendida por nós. Não há guloseimas que nos façam desistir desta causa.
E para que no próximo dia 15, dia de negociações "abertas", não haja lugar a dúvidas sobre quais são os desejos e anseios dos professores é URGENTE que nos façamos sentir e ouvir para garantir que a suspensão do modelo de avaliação e a revisão do ECD constituem a base fulcral para a negociação, e que as formas de luta convocadas ou desconvocadas devem ser alvo de decisão democrática de todos nós.
Assim, convocamos TODOS OS PROFESSORES E EDUCADORES do distrito de Braga a comparecerem num plenário geral na próxima 5.ªFeira, dia 11 de Dezembro, pelas 21h15, em local a designar (1).
1. Pelo facto de esta iniciativa ter a sua origem numa proposta aprovada no Encontro Nacional de Escolas em Luta, realizado em 6 de Dezembro (Sábado), ainda não nos é possível confirmar o local exacto. Estamos a estabelecer contactos nesse sentido e informaremos mal o tenhamos garantido.

Estatuto da Carreira Docente

Não esquecer de assinar o abaixo-assinado
promovido pela FENPROF a exigir revogação do estatuto de carreira.....

Basta clicar abaixo
http://www.fenprof.pt/AbaixoAssinado/RevogaECD/

Reclamação


Não deixem de o fazer!!!


Quem sentir que é um abuso, por parte do ME, os emails recebidos, sugere-se o envio de uma mensagem do estilo daquela que está abaixopara a CNPD - Comissão Nacional de Protecção de Dados -http://www.cnpd.pt/bin/direitos/queixas.htm


Senhor Presidente da Comissão Nacional da Protecção de Dados,

Em tempos, o Ministério da Educação obrigou os opositores ao Concurso De Professores a facultarem um endereço de electrónico cujo objectivo era, *exclusivamente*, facilitar a comunicação entre o Ministério e o professor relativamente a tal Concurso. O endereço que então eu facultei é aquele que vai neste e-mail. Acontece que, ainda hoje, o Ministério usou este endereço para outros fins, a saber, para fazer propaganda das suas ideias relativamente ao modelo de avaliação de professores defendido por este governo. Gostaria que os senhores se pronunciassem sobre este facto.


Com os melhores cumprimentos

_______________, portador do BI nº

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

As diferenças entre Portugal e Espanha


Em Portugal, o Governo maltrata os professores. Em Espanha, na Extremadura, o Governo Autonómico promove anúncios na TV e na Rário e enaltece os professores.


1. Em Portugal, temos um Governo que calunia os professores, maltrata, insulta e passa para a opinião pública a ideia falsa de que os professores trabalham pouco e faltam muito.
2. Quando os professores são agredidos - e é raro o dia em que não há um professor vítima de agressão física - o Governo fica em silêncio.
3. Quando os professores se levantam numa luta prolongada pela defesa da sua dignidade, o Governo ameaça com a repressão e invoca a mão pesada da Lei e do aparelho repressivo do Estado.
4. Aqui ao lado, na Província da Extremadura, o Governo Autonómico faz passar anúncios na televisão e na rádio a valorizar os professores e a enaltecer o seu trabalho. Veja aqui o vídeo. Vale a pena ver. A Junta da Extremadura chama a esta campanha de Valoracion Docente. 5. Alguém consegue explicar o desdém que os governantes e alguns dirigentes do PS manifestam contra os professores? O que se passa na cabeça dessa gente para insultarem e maltratarem um grupo profissional que desempenha uma das missões mais necessárias à sociedade e ao país?6. Que traumas esses dirigentes do PS e governantes têm para humilharem e insultarem todo um grupo profissional que tem como missão transmitir a herança cultural às novas gerações?

Avaliação no Chile (o modelo que estamos a importar)

A ministra da educação chilena foi agredida por uma aluna. Sabia que os professores chilenos travam uma greve por tempo indeterminado contra as políticas neoliberais do Governo chileno? Os professores chilenos travam uma luta, há várias semanas, contra uma avaliação de desempenho que é igual à que o Governo de Sócrates quer impor aos professores portugueses. Tal como os professores do nosso país, os docentes chilenos não dão tréguas a uma política educativa que promove o empobrecimento, aumenta a carga horária semanal e burocratiza as funções docentes. Os alunos chilenos, por sua vez, lutam, nas ruas e nas escolas, por vezes de forma violenta, contra a degradação da qualidade das escolas públicas. Lá como cá, as políticas neoliberais contra a escola pública e os professores estão a ser conduzidas por dois partidos que se dizem socialistas. Veja aqui o vídeo http://www.youtube.com/watch?v=U_iOHda_zDQ que mostra uma aluna a lançar um jarro de água para cima da ministra..

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Alguém me explica o que se passa???

Mail da DGRHE

Esclarecimento

1 - Chegou hoje ao fim o processo de negociação das medidas tomadas pelo Governo no dia 20 de Novembro para facilitar a avaliação do desempenho dos professores.

2 - Os sindicatos neste processo não apresentaram qualquer alternativa ou pedido de negociação suplementar, pelo que o Ministério da Educação (ME) dá por concluídas as negociações, prosseguindo a aprovação dos respectivos instrumentos legais.

3 - O ME, mantendo a abertura de sempre, que já conduzira ao Memorando de Entendimento com a plataforma sindical (ver infra), respondeu positivamente à vontade dos sindicatos, expressa publicamente, de realização de uma reunião sem pré-condições, isto é, sem exigência de suspensão da avaliação até aqui colocada pelos sindicatos. Foi por isso agendada uma reunião para o dia 15 de Dezembro, com agenda aberta.

4 - Os sindicatos foram informados que o ME não suspenderá a avaliação de desempenho, que prossegue em todas as escolas nos termos em que tem vindo a ser desenvolvida.

Informação complementar

1 - "Uma avaliação séria melhorará a escola" - discurso da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, na Assembleia da República, em debate sobre a avaliação de desempenho, em http://www.min-edu.pt/np3/2923.html.

2 - Notas sobre um modelo de avaliação que protege os professores, em http://www.min-edu.pt/np3/np3/2905.html.

3 - Dossier Avaliação do Desempenho Docente, em http://www.min-edu.pt/np3/193.

4 - Memorando de Entendimento entre o Ministério da Educação e os sindicatos em http://www.min-edu.pt/np3/1900.html.

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Lisboa, 05 de Dezembro de 2008.

Notícia Jornal de Notícias

Ministério e sindicatos aceitam voltar às negociações
20h36m
O Ministério da Educação e os sindicatos dos professores acordaram esta sexta-feira o início de novas negociações sobre o modelo de avaliação de desempenho, apesar de a tutela manter a posição de que o processo é para avançar este ano.
No final de um breve encontro com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, o porta-voz da Plataforma Sindical, Mário Nogueira, anunciou que foram suspensas as greves regionais da próxima semana, uma vez que a tutela aceitou realizar no dia 15 uma reunião "onde tudo estará em cima da mesa", nomeadamente a suspensão do actual modelo, a adopção de uma avaliação transitória para este ano lectivo e a definição de um regime alternativo para o futuro.
"Perante a disponibilidade do Ministério da Educação (ME) de aceitar, pela primeira vez, uma negociação onde não estão apenas as questões da avaliação, mas a revisão de outros aspectos do Estatuto da Carreira Docente (ECD), em nome da Plataforma suspendemos as greves regionais da próxima semana", afirmou o sindicalista.
Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, confirmou que a tutela está disponível para "uma discussão aberta", na qual ouvirá "tudo o que os sindicatos têm a dizer", incluindo sobre a suspensão do actual modelo de avaliação, mas sublinhou que o ME mantém a sua posição de avançar com o processo este ano lectivo.
"Ouviremos tudo o que os sindicatos quiserem dizer, mas o ponto de vista do Ministério é que a suspensão não faz sentido. O processo prosseguirá e, durante a próxima semana, serão aprovados os instrumentos que permitem a simplificação do modelo de avaliação de desempenho, de acordo com aquilo que o Governo tinha definido", afirmou Jorge Pedreira, no final do encontro com a Plataforma.
Salientando a necessidade de "uma avaliação rigorosa" ainda neste ano lectivo, o secretário de Estado adiantou que, "neste momento", o ME "não admite a possibilidade" de ela se fazer com base noutras regras que não as definidas no modelo em vigor.
"Estamos sobretudo disponíveis para discutir para o futuro a revisão do modelo de avaliação e as suas formas de acompanhamento", afirmou, acrescentando que não se podia esperar que "as partes abdicassem das suas posições de um dia para o outro".
Assim sendo, sindicatos e Ministério partirão para as novas negociações, com início agendado para o próximo dia 15, mantendo, no essencial, as mesmas posições que tinham até agora.

Suspensão da avaliação não foi aprovada por faltas dos deputados

Suspensão da avaliação não foi aprovada por faltas dos deputados

Um projecto do CDS-PP que recomendava a suspensão e simplificação da avaliação dos professores poderia ter sido aprovado no Parlamento, não fossem as ausências de deputados nas bancadas da oposição.
Seis deputados do PS votaram ao lado do PSD, CDS-PP, PCP, BE e Verdes a favor do projecto do CDS-PP e uma deputada socialista absteve-se. Outros treze deputados do PS faltaram à votação, reduzindo o peso da maioria parlamentar de 121 para 101 votos.
Os 101 votos contra do PS foram, no entanto, suficientes para chumbar o projecto que recomendava ao Governo a suspensão da avaliação, isto porque do lado da oposição faltavam 35 deputados: em vez de 109 apenas 74 estavam presentes.
Com os seis votos de deputados do PS, houve um total de 80 votos a favor do projecto do CDS-PP. Ou seja, bastaria haver mais 22 deputados da oposição presentes na votação para o projecto ter sido aprovado, com 102 votos a favor.
No PSD, que tem 75 deputados, registaram-se 30 ausências. No CDS-PP faltaram dois deputados e um terceiro não entrou na sala a tempo de participar na votação. No PCP registou-se a ausência de um dos 11 deputados, que o partido informou estar doente. Nos Verdes, um dos dois deputados faltou, enquanto o BE teve os seus
oito deputados todos presentes. A deputada não inscrita Luísa Mesquita esteve também presente.
Mesmo que todos os 121 deputados do PS tivessem estado hoje presentes, como seis deles votaram a favor e uma se absteve, haveria possibilidade de aprovar o projecto do CDS-PP, se os 109 deputados da oposição estivessem igualmente no hemiciclo.
O resultado seria, nesse caso, 115 votos a favor da suspensão da avaliação, uma abstenção e 114 votos contra.
in Jornal de Notícias

6 deputados do PS votaram a favor das propostas de suspensão da avaliação burocrática

A Assembleia da República votou hoje, mais uma vez, a suspensão deste modelo de avaliação, proposta pelas bancadas da oposição. Seis deputados do PS votaram a favor desta proposta. Segundo a TVI a suspensão teria sido aprovada se todos os deputados da oposição tivessem votado.
Pergunto: Não votaram porquê? Não estavam presentes? Perdeu-se, assim esta oportunidade única?
TVI

"Doutor" Valter Lemos


Não, sr. secretário de Estado.

Maria Filomena Mónica - Público, 2007-09-30:

Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação. A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tem aparecido na televisão e até no Parlamento, o mesmo não sucedendo ao seu secretário de Estado, Valter Lemos. É pena, porque este senhor detém competências que lhe conferem um enorme poder sobre o ensino básico e secundário. Intrigada com a personagem, decidi proceder a uma investigação. Eis os resultados a que cheguei. Natural de Penamacor, Valter Lemos tem 51 anos, é casado e possui uma licenciatura em Biologia: até aqui nada a apontar. Os problemas surgem com o curriculum vitae subsequente. Suponho que ao abrigo do acordo que levou vários portugueses a especializarem-se em Ciências da Educação nos EUA, obteve o grau de mestre em Educação pela Boston University. A instituição não tem o prestígio da vizinha Harvard, mas adiante. O facto é ter Valter Lemos regressado com um diploma na 'ciência' que, por esse mundo fora, tem liquidado as escolas. Foi professor do ensino secundário até se aperceber não ser a sala de aula o seu habitat natural, pelo que passou a formador def ormadores, consultor de 'projectos e missões do Ministério da Educação' e, entre 1985 e 1990, a professor adjunto da Escola Superior do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Em meados da década de 1990, a sua carreira disparou: hoje, ostenta o pomposo título de professor-coordenador, o que, não sendo doutorado, faz pensar que a elevação académica foi política ou administrativamente motivada; depois de eleito presidente do conselho científico da escola onde leccionava, em 1996 seria nomeado seu presidente, cargo que exerceu até 2005, data em que entrou para o Governo. Estava eu sossegadamente a ler o Despacho ministerial nº 11 529/2005, no Diário da República, quando notei uma curiosidade. Ao delegar poderes em Valter Lemos, o texto legal trata-o por 'doutor', título que só pode ser atribuído a quem concluiu um doutoramento, coisa que não aparece mencionada no seu curriculum. Estranhei, como estranhei que a presidência de um politécnico pudesse ser ocupada por um não doutorado, mas não reputo estes factos importantes. Aquando da polémica sobre o título de engenheiro atribuído a José Sócrates, defendi que os títulos académicos nada diziam sobre a competência política: o que importa é saber se mentiram ou não. Deixemos isto de lado, a fim de analisar a carreira política do sr. secretário de Estado. Em 2002 e 2005, foi eleito deputado à Assembleia da República, como independente, nas listas do Partido Socialista. Nunca lá pôs os pés, uma vez que a função de direcção de um politécnico é incompatível com a de representante da nação. A sua vida política limita-se, por conseguinte, à presidência de uma assembleia municipal (a de Castelo Branco) e à passagem, ao que parece tumultuosa, pela Câmara de Penamacor, onde terá sofrido o vexame de quase ter perdido o mandato de vereador por excesso de faltas injustificadas, o que só não aconteceu por o assunto ter sido resolvido pela promulgação de uma nova lei. Em resumo, Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação, nunca fez um discurso digno de nota. Chegada aqui, deparei-me com um problema: como saber o que pensa do mundo este senhor? Depois de buscas por caves e esconsos, descobri um livro seu, O Critério do Sucesso: Técnicas de Avaliação da Aprendizagem. Publicado em 1986, teve seis edições, o que pressupõe ter sido o mesmo aconselhado como leitura em vários cursos de Ciências da Educação. Logo na primeira página, notei que S. Excia era um lírico. Eis a epígrafe escolhida:'Quem mais conhece melhor ama.' Afirmava seguidamente que, após a sua experiência como formador de professores, descobrira que estes não davam a devida importância ao rigor na 'medição' da aprendizagem. Daí que tivesse decidido determinar a forma correcta como o docente deveria julgar os estudantes. Qualquer regra de bom senso é abandonada, a fim de dar lugar a normas pseudocientíficas, expressas num quadrado encimado por termos como ' skill cognitivos'. Navegando na maré pedagógica que tem avassalado as escolas, apresenta depois várias 'grelhas de análise'. Entre outras coisas, o docente teria de analisar se o aluno 'interrompe o professor', se 'não cumpre as tarefas em grupo' e se 'ajuda os colegas'. Apenas para dar um gostinho da sua linguagem, eis o que diz no subcapítulo 'Diferencialidade':'Após a aplicação do teste e da sua correcção deverá, sempre que possível, ser realizado um trabalho que designamos por análise de itens e que consiste em determinar o índice de discriminação, [sic para a vírgula] e o grau de dificuldade, bem como a análise dos erros e omissões dos alunos. Trata-se portanto, [sic de novo] de determinar as características de diferencialidade do teste.' Na página seguinte, dá-nos a fórmula para o cálculo do tal 'índice de dificuldade e o de discriminação de cada item'. É ela a seguinte: Df= (M+ P)/N em que Df significa grau de dificuldade, N o número total de alunos de ambos os grupos, M o número de alunos do grupo melhor que responderam erradamente e P o número de alunos do grupo pior que responderam erradamente. O mais interessante vem no final, quando o actual secretário de Estado lamenta a existência de professores que criticam os programas como sendo grandes demais ou desadequados ao nível etário dos alunos. Na sua opinião, 'tais afirmações escondem muitas vezes, [sic mais uma vez] verdades aparentemente óbvias e outras vezes 'desculpas de mau pagador', sendo difícil apoiá-las ou contradizê-las por não existir avaliação de programas em Portugal'. Para ele, a experiência dos milhares de professores que, por esse país fora, têm de aplicar, com esforço sobre-humano, os programas que o ministério inventa não tem importância. Não contente com a desvalorização do trabalho dos docentes, S. Excia decide bater-lhes: 'Em certas escolas, após o fim das actividades lectivas, ouvem-se, por vezes, os professores dizer que lhes foi marcado serviço de estatística. Isto é dito com ar de quem tem, contra a sua vontade, de ir desempenhar mais uma tarefa burocrática que nada lhe diz. Ora, tal trabalho, [sic de novo] não deve ser de modo nenhum somente um trabalho de estatística, mas sim um verdadeiro trabalho de investigação, usando a avaliação institucional e programática do ano findo.' O sábio pedagógico-burocrático dixit. O que sobressai deste arrazoado é a convicção de que os professores deveriam ser meros autómatos destinados a aplicar regras. Com responsáveis destes à frente do Ministério da Educação, não admira que, em Portugal, a taxa de insucesso escolar seja a mais elevada da Europa. Valter Lemos reúne o pior de três mundos: o universo dos pedagogos que, provindo das chamadas 'ciências exactas', não têm uma ideia do que sejam as humanidades, o mundo totalitário criado pelas Ciências da Educação e a nomenclatura tecnocrática que rodeia o primeiro-ministro.


Historiadora

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O que é isto???

Veja aqui o documento que o Conselho Executivo do Agrupamento Vertical de S. Lourenço, em Ermesinde, está a obrigar os professores a preencher e a assinar.
Ora leia:
"De forma a dar seguimento ao processo de avaliação de desempenho, responda às questões:
1. Quer ser avaliado?
2. Pretende entregar os objectivos individuais?
3. Pretende ter aulas observadas?
4. Pretende ser avaliado pelos pais e encarregados de educação?
Este documento é de preenchimento obrigatório e deve ser devolvido até ao dia 17/12/08.
Caso não seja entregue até à referida data, considerar-se-á que o docente não quer ser avaliado".
O logotipo do documento traz o nome da escola EB2,3 de S. Lourenço de Ermesinde.
Pergunto: de onde vieram as ordens para pressionar desta maneira? Da DREN? Ou terá sido uma invenção do PCE do Agrupamento Vertical de S. Lourenço, em Ermesinde? E qual é o objectivo? Pressionar? Intimidar? Acelerar o processo? Desbloquear um processo que está parado?
Querem um conselho? Ignorem o documento. E perguntem ao PCE se não tem mais nada do que fazer!

Professor do Ano

Professor do ano foi aquele que com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia os seus 80 alunos.
Professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer.
Professor do ano foi aquela que leccionou a 200 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias.
Professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3anos para um quarto alugado. Como tinha aulas à noite, a menina esperavadormindo nos sofás da sala dos professores.
Professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.
Professor do ano foi aquele que, em cima de todo o seu trabalho, preparou acções de formação e se expôs partilhando o seu saber e os seus materiais.
Professor do ano foi aquela que teve 5 turmas e 3 níveis diferentes.
Professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço.
Professor do ano foi aquele que fez mestrado suportando todos os custos e sacrificando todos os fins-de-semana com a família.
Professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte com a mesma esperança.
Professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas derefeição para tirar mais umas dúvidas.
Professor do ano foi aquele que organizou uma visita de estudo mesmo sabendo que Jorge Pedreira considerava que ele estava a faltar.
Professor do ano foi aquele que encontrou forças para motivar os alunos depois de ser indignamente tratado pelos seus superiores do ME.
Professor do ano foi aquele que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos.
Professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima.
Professor do ano... Tanto professor do ano.
Professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que ocontinuamos a ser mesmo após uma divisão absurda.
Professor do ano... Tanto professor do ano em cada escola, tanto milagre em cada aluno.
Somos mais que professores do ano. Somos professores sempre!

Atenção!! Vírus informático.

Se receber um email de noreply@dgrhe.min-edu.pt não abra! É um virus extremamente pernicioso. Se o abrir, o seu disco rígido fica mole, você fica impotente para a prática lectiva, a sua família terá de contar com mais dez anos em que você estará ausente. É certo que você corre o risco de ficar literalmente grelhado, o seu cão deixará de ladrar, os peixes do seu aquário cometerão suicídio colectivo, o seu gato uivará durante sete meses.As empresas de anti-virus vêm alertando para a perigosidade deste vírus, descoberto em Portugal por verdadeiros professores especialistas em anti-virus. Sabe-se, por exemplo, que o virus desencadeia um cheiro a grelhado, à primeira vista extraordinariamente apelativo, que tem conduzido os professores que o abriram à beira da grelha, para onde alguns já saltaram sem razão que o justifique.Não abra mails daquele endereço, pode estar a grelhar o futuro do seu país.Passe este mail a pelo menos 140 000 professores. Se o não fizer, o país será coberto por uma cortina de fumo impedirá que os Portugueses vejam que os bancos estão a falir, o desemprego a aumentar, o descontentamento a engrossar e...

os professores a acabar!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Greve de Professores

Parece que o Ministério continua na mesma cego e surdo. Só não está é mudo. Parece que nada mudou após o dia de hoje, mas só parece. Espero que se isto não der resultado, teremos de fazer como os CTT: 4 dias de greve. Vamos pensar nisto.

Adesão à greve

Estes são os números que representam o descontentamento dos professores, face a este modelo de avaliação; não dos sindicatos.

Escola Secundária de Amares (Amares-Braga)
Professores que não aderiram à greve: 5 professores

Escola Secundária de Barcelos (Barcelos)
Professores que não aderiram à greve: 2 professores

Escola EB 2,3 de Lamaçães (Braga)
Professores que não aderiram à greve: 1 professor

Escola Secundária de Maximinos (Braga)
Professores que não aderiram à greve: 0 professores

Escola Secundária de Vila Verde (Vila Verde-Braga)
Professores que não aderiram à greve: 0 professores

Escola EB 2,3 de André Soares (Braga)
Professores que não aderiram à greve: 2 professores

Escola Secundária/3 de Barcelinhos (Barcelinhos)
Professores que não aderiram à greve: 0 professores

Escola Secundária Alcaides de Faria (Barcelos)
Professores que não aderiram à greve: 2 professores

Escola EB 2,3 de Terras de Bouro (Terras de Bouro)
Professores que não aderiram à greve: 1 professor

Escola Secundária Augusto Cabrita (Barreiro)
Professores que não aderiram à greve: 3 professores

Escola Básica 2.3 Padre Abílio Mendes (Barreiro)
Professores que não aderiram à greve: 0 professores

Escola Básica 2,3 de Tourais (Seia)
Professores que não aderiram à greve: 0 professores

Escola do 1º Ciclo de Cabanelas (Prado-Braga)
Professores que não aderiram à greve: 0 professores

Escola do 1º Ciclo de Sobral (Cervães-Braga)
Professores que não aderiram à greve: 0 professores

Escola do 1º Ciclo de Oleiros (Oleiros-Braga)
Professores que não aderiram à greve: 0 professores

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Perguntas e respostas sobre a greve

15 perguntas e respostas sobre a greve do dia 3/12

GREVE - (Perguntas frequentes)
Por vezes, porventura procurando condicionar o direito à Greve, alguns serviços e/ou dirigentes da administração educativa informam incorrectamente os educadores e professores sobre os procedimentos a adoptar em dia de Greve. Para que não restem dúvidas sobre a forma de aderir à Greve e as suas consequências, respondemos a algumas das perguntas que mais frequentemente surgem:
1. Os professores têm de pedir autorização ou comunicar previamente a sua adesão à Greve? - NÃO! Como é óbvio, a adesão à Greve não carece de autorização nem de comunicação prévia. Esta comunicação é feita pelos Sindicatos que, nos termos da Lei, entregam no Ministério da Educação, entre outros organismos, um Pré-Aviso de Greve.
2. Tem de se ser sindicalizado para poder aderir à Greve? - NÃO! De facto, só as organizações sindicais têm capacidade para convocar uma Greve; porém, fazendo-o, o Pré-Aviso entregue às entidades patronais abrange todos os profissionais, independentemente de serem ou não sindicalizados.
3. Um professor contratado em oferta de escola pode aderir à Greve? - SIM! Qualquer educador ou professor, qualquer que seja a sua situação profissional, pode aderir à Greve.
4. Um professor a leccionar turmas de cursos profissionais, cursos CEF ou cursos EFA pode aderir à Greve? - SIM! Estes professores, como quaisquer outros docentes, podem aderir à Greve. Contudo, devido à especificidade da legislação que regula estes cursos, poderá ser-lhes exigida a leccionação posterior das aulas não dadas em dia de Greve. Neste caso, devem estes docentes requerer o pagamento desse serviço como extraordinário, para o que viremos a disponibilizar uma minuta específica.
5. Um professor pode decidir aderir à Greve apenas no próprio dia? - SIM! Pode mesmo acontecer que o docente já esteja no local de trabalho ou até tenha iniciado a actividade e, em qualquer momento, decida aderir à Greve.
6. O professor tem de estar no local de trabalho durante o período de Greve? - NÃO! No dia de Greve o professor não tem de se deslocar à escola, embora, se o quiser fazer, não possa ser impedido.
7. O professor que adira à Greve tem que deixar plano(s) de aula(s)? - NÃO! A suposta necessidade de deixar um plano de aula é uma verdadeira anedota! A exigência de tal plano seria, aliás, uma grosseira violação da lei, pois seria uma forma indirecta de tentar fazer um levantamento prévio da adesão à greve, algo não permitido pelo Código do Trabalho.
8. Os membros dos órgãos de gestão podem aderir à Greve não comparecendo na escola?- SIM! A forma de aderir à Greve por parte dos membros dos órgãos de gestão é a mesma que foi referida para qualquer outro docente, não estando obrigados à prestação de nenhum tipo de serviço ou tarefa.
9. O professor tem de justificar a ausência ao serviço em dia de Greve? - NÃO! No dia da Greve, só tem de justificar a ausência ao serviço quem tiver faltado por outras razões. Quem adere à Greve não deve entregar qualquer justificação ou declaração.
10. Pode alguém ter falta injustificada em dia de greve?- NÃO! Os serviços são obrigados a presumir a adesão à greve de quem, tendo faltado, não tenha justificado a falta ao abrigo de qualquer outro motivo.
11. Um trabalhador em greve pode ser substituído? - NÃO! É ilegal a substituição de qualquer trabalhador em greve por outro que nesse dia não adira à greve. No entanto, um professor que no seu horário tenha substituições, deve (se não aderir à Greve) efectuar o seu trabalho!
12. A adesão à Greve fica registada no Processo Individual do Professor?- NÃO! É expressamente proibida qualquer anotação sobre a adesão à Greve, designadamente no Registo Biográfico dos professores. As faltas por adesão à greve, a par de outras previstas na lei, são apenas consideradas para efeito estatístico.
13. Pode ser feito algum tipo de levantamento ou listagem nominal de adesão à greve? - NÃO! Tal é expressamente proibido e constituiria uma grosseira violação da lei e da própria Constituição da República Portuguesa, obviamente punível.
14. Há alguma penalização na carreira pelo facto de um professor ter aderido à Greve? - NÃO! A adesão à Greve não é uma falta, mas sim a quebra do vínculo contratual durante o período de ausência ao serviço, encontrando-se "coberta" pelo Pré-Aviso entregue pelas organizações sindicais. Daí que não haja qualquer consequência na contagem do tempo de serviço para todos os efeitos legais (concursos, carreira ou aposentação), nas bonificações previstas na lei ou no acesso a todas as regalias e benefícios consagrados no estatuto da carreira docente ou no regime geral da Administração Pública. A única consequência é o não pagamento do vencimento desse dia e do subsídio de refeição pela entidade patronal.
15. O dia não recebido é considerado para efeitos de IRS? - NÃO! No mês em que for descontado esse dia de Greve (deverá ser no próprio mês ou, na pior das hipóteses, no seguinte) o cálculo de desconto para o IRS e restantes contribuições será feito, tendo por referência o valor ilíquido da remuneração processada, portanto, não incidindo no valor que não é recebido.É um jovem professor? Então, tem razões redobradas para fazer greve na terça-feira. Saiba porquê!
Na sequência do novo ECD, os professores podem perder 25% a 50% de ordenados ao longo da carreira.O novo regime do estatuto da carreira docente vai custar aos professores entre 25% e 50% do valor de ordenados que potencialmente viriam a receber ao longo da sua vida profissional. A contabilidade é feita pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), tendo em conta o tempo que cada docente levará a subir de escalão pelas novas regras e o número limitado de lugares na categoria de professor titular. O Ministério da Educação (ME) reduziu os escalões de dez para sete, divididos em duas categorias: professor e professor titular. Mas, ao contrário do que acontecia com as antigas regras, no futuro nem todos os docentes poderão aspirar a chegar ao topo da carreira. Mesmo que muitos demonstrem mérito e ultrapassem todas as etapas, a existência de quotas significa que mais de 80% vai ficar apenas na categoria de professor. Na prática, isto significa que enquanto, até agora, todos os professores podiam aspirar atingir os 2899,38 euros ilíquidos, correspondentes ao salário-base do antigo 10.º escalão, no futuro o tecto salarial da maioria estará limitado a 2033,99 euros ilíquidos. Uma perda superior a 800 euros por mês em potenciais salários.Mas não é só por aqui que as perspectivas se reduzem. As carreiras, apesar do menor número de escalões, passarão a durar 32 anos em vez dos actuais 26. O que equivale a dizer que serão precisos mais anos para mudar de categoria. De resto, mesmo para os melhores docentes, as perdas são inevitáveis: um professor que seja sempre classificado como 'Excelente', que consiga chegar a titular logo à primeira, vai ter uma perda global de 25% de salários. Quanto aos outros, limitados a quatro escalões, vão perder 50%".

Greve de 3 de Dezembro

"Os professores podem perder 25% a 50% de ordenados ao longo da carreira *Pedro Sousa Tavares*O novo regime do estatuto da carreira docente vai custar aos professores entre 25% e 50% do valor de ordenados que potencialmente viriam a receber ao longo da sua vida profissional. A contabilidade é feita pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), tendo em conta o tempo que cada docente levará a subir de escalão pelas novas regras e o número limitado de lugares na categoria de professor titular.A proposta do Ministério da Educação (ME) prevê a redução dos escalões de dez para sete, divididos em duas categorias: professor e professor titular. Mas, ao contrário do que acontecia com as antigas regras, no futuro nem todos os docentes poderão aspirar a chegar ao topo da carreira. "Mesmo que muitos demonstrem mérito e ultrapassem todas as etapas, a existência de quotas significa que mais de 80% vai ficar apenas na categoria de professor", disse ao DN Mário Nogueira, da Fenprof.Na prática, isto significa que enquanto, até agora, todos os professores podiam aspirar atingir os 2899,38 euros, correspondentes ao salário-base do antigo 10.º escalão, no futuro o tecto salarial da maioria estará limitado a 2033,99 euros. Uma perda superior a 800 euros por mês em potenciais salários.Mas não é só por aqui que as perspectivas se reduzem. As carreiras, apesar do menor número de escalões, passarão a durar 32 anos em vez dos actuais 26. O que equivale a dizer que serão precisos mais anos para mudar de categoria: "Um professor que está agora no 8.º escalão vai continuar na mesma daqui a três anos, quando devia passar para o 9.º", exemplificou Mário Nogueira.De resto, pelas contas da Fenprof, mesmo para os melhores docentes, as perdas são inevitáveis: um professor que seja sempre classificado como 'Excelente', que consiga chegar a titular logo à primeira, vai ter uma perda global de 25% de salários", garantiu o sindicalista. "Quanto aos outros, limitados a quatro escalões, vão perder 50%"."Mais um ano congelado""Como se isso não bastasse", acrescentou Mário Nogueira, "este ano também já não há progressões, uma vez que os professores apenas podem ser avaliados para progredir no final do ano lectivo. Por isso", considerou, "temos mais um ano congelado".A Fenprof promete "difundir estes factos pelas escolas" e antevê "uma onda de contestação como nunca se viu, caso o ministério não mude de posição".O DN tentou, sem sucesso, obter uma reacção do Ministério da Educação.Publicada por Movimento dos Professores RevoltadosPede-se aos professores que façam da greve marcada para o dia 3 de Dezembro um momento impressivo em termos de lição de convicção e de espírito de resistência para toda a sociedade.Em conformidade, propomos que os professores cumpram o seu horário, no dia 3 de Dezembro, em frente das suas escolas/agrupamentos, como resistentes firmes e verticais que nenhuma obstinação conseguirá vencer!"